sábado, 4 de abril de 2009

Onze horas,
Os alunos do Mate Amargo saem gritando e assobiando besteiras,
assombrando a noite morta da vila.
Cena sempre igual, há vinte anos, eu e meus colegas,
a mesma pobre escola, o mesmo inútil fundamental, a mesma faixa violenta.
O frigorífico, às vezes, estava o dono, cabeça branca numa Mercedes dourada.
Achava meio careta, preferia as Ferraris. A gente pensava que depois de adulto tudo seria fácil.

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